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 John Tyndall

John Tyndall, (nascido em 2 de agosto de 1820, Leighlinbridge, County Carlow, Irlanda – morreu em 4 de dezembro de 1893, Hindhead, Surrey, Inglaterra), físico experimental irlandês que, durante sua longa residência na Inglaterra, foi um ávido promotor da ciência no Era vitoriana.

Tyndall nasceu em uma família pobre irlandesa protestante. Após uma educação básica completa, ele trabalhou como agrimensor na Irlanda e na Inglaterra (1839-1847). Quando suas ambições mudaram da engenharia para a ciência, Tyndall gastou suas economias para obter um doutorado. da Universidade de Marburg, Alemanha (1848–50), mas depois teve dificuldade em encontrar emprego.

Em 1853, Tyndall foi nomeado professor de filosofia natural na Royal Institution de Londres. Lá ele se tornou amigo do muito admirado físico e químico Michael Faraday, entreteve e instruiu o público da moda com brilhantes demonstrações de palestras (rivalizando com o biólogo T.H. Huxley em sua reputação popular) e continuou sua pesquisa. Um notável experimentador, particularmente em física atmosférica, Tyndall examinou a transmissão de calor radiante e luz através de vários gases e vapores. Ele descobriu que o vapor de água e o dióxido de carbono absorvem muito mais calor radiante do que os gases da atmosfera e argumentou a importância consequente desses gases na moderação do clima da Terra, ou seja, no efeito estufa natural. Tyndall também estudou a difusão da luz por grandes moléculas e poeira, conhecido como efeito Tyndall, e realizou experimentos demonstrando que a cor azul do céu resulta da dispersão dos raios do Sol por moléculas na atmosfera.

Tyndall era apaixonado e sensível, rápido em sentir desprezos pessoais e defender os oprimidos. Fisicamente forte, ele era um alpinista ousado. Sua maior fama veio de suas atividades como defensor e intérprete da ciência. Tyndall, em colaboração com seus amigos científicos no pequeno e privado X Club, pediu maior reconhecimento da autoridade intelectual e dos benefícios práticos da ciência. Ele foi acusado de materialismo e ateísmo após seu discurso presidencial na reunião de 1874 da Associação Britânica para o Avanço da Ciência, quando afirmou que a teoria cosmológica pertencia à ciência e não à teologia e que a matéria tinha o poder de produzir vida em si mesma. Na notoriedade que se seguiu sobre este “Endereço de Belfast”, as alusões de Tyndall às limitações da ciência e aos mistérios além da compreensão humana foram esquecidas. Tyndall se envolveu em uma série de outras controvérsias – por exemplo, sobre a geração espontânea, a eficácia da oração e o Home Rule para a Irlanda.

FONTE: https://www.britannica.com/biography/John-Tyndall


Jean Bernard Léon Foucault

 

Jean Bernard Léon Foucault (Língua francesa IPA: [ʒɑ̃ bɛʁnaʁ leɔ̃ fuko]) (Paris, 18 de setembro de 1819 — Paris, 11 de fevereiro de 1868) foi um físico e astrônomo francês.

É mais conhecido pela invenção do pêndulo de Foucault, um dispositivo que demonstra o efeito da rotação da Terra. Ele também fez uma medição inicial da velocidade da luz, descobriu as correntes de Foucault e, embora não o tenha inventado, é creditado por nomear o giroscópio. A cratera Foucault na Lua e o asteroide 5668 Foucault são assim chamados em sua homenagem.

Foucault era filho de um editor de Paris, onde nasceu em 18 de setembro de 1819. Após receber a educação básica predominantemente em sua própria casa, ele estudou medicina, abandonando-a para se dedicar à física devido à aversão a sangue.[2] Primeiro dedicou sua atenção para a melhoria das técnicas fotográficas de L. J. M. Daguerre. Durante três anos foi assistente experimental de Alfred Donné (1801-1878) em seu ciclo de palestras sobre anatomia microscópica.

Com Hippolyte Fizeau realizou uma série de investigações sobre a luz do Sol, comparando-a com a que é emitida pelo carbono na lâmpada de arco e pelo óxido de cálcio na chama de um maçarico de oxigênio e hidrogênio. Pesquisou também o fenômeno da interferência na radiação infravermelha, nos raios luminosos que percorrem caminhos óticos significativamente diferentes e na polarização da luz.

Em 1850 Foucault fez um experimento com o aparelho de Fizeau-Foucault para medir a velocidade da luz, que veio a ser conhecida com o experimento de Foucault-Fizeau. Tal experimento foi visto como “o último prego do caixão” da teoria corpuscular da luz, de Newton, pois mostrou que a luz viaja mais lentamente na água que no ar.

Em 1851 fez a primeira demonstração experimental da rotação da Terra em torno seu eixo (ver Rotação da Terra). O experimento foi feito por meio da rotação do plano de oscilação de um pêndulo longo e pesado suspenso livremente, no Panteão de Paris. A experiência causou sensação em todas as teorias vigentes. No ano seguinte, utilizou (e nomeou) o giroscópio como a comprovação experimental conceitualmente mais simples. Em 1855, recebeu a Medalha Copley[4] da Royal Society por “notáveis pesquisas experimentais” Pouco antes, no mesmo ano, foi nomeado physicien (físico) do Observatório Imperial de Paris.

Em setembro de 1855 descobriu que a força necessária para a rotação de um disco de cobre aumenta quando o disco gira com sua borda entre os pólos de um ímã, ao mesmo tempo que o disco torna-se aquecido pelas “correntes de Foucault” induzidas no metal.

Em 1857 Foucault inventou o polarizador que leva seu nome, e no ano seguinte criou um método para investigar espelhos de telescópios refletores, com o objetivo de determinar seu formato. O chamado “teste de Foucault” permite que o fabricante descubra se o espelho é perfeitamente esférico ou possui um desvio não-esférico, através da imagem formada pelo espelho. Antes de Foucault publicar suas descobertas, os testes de reflexão de espelhos de telescópios eram por “tentativas”.

O teste de Foucault determina o formato de um espelho a partir dos comprimentos focais de suas áreas, comumente chamados de zonas e medidos a partir do centro do espelho. O teste concentra a luz de uma fonte puntiforme no centro de curvatura e reflete-a de volta para uma fenda. O teste permite ao usuário uma análise quantitativa da seção cônica do espelho, permitindo assim que ele avalie seu formato real, o que é necessário para obter-se um sistema óptico de boa qualidade. O teste de Foucault é utilizado até hoje, principalmente por amadores e pequenos fabricantes de telescópios comerciais, porque é barato e utiliza equipamentos simples e manuais.

Foi com o espelho rotativo de Charles Wheatstone que Foucault, em 1862, determinou a velocidade da luz como sendo igual a 298,000 km/s (cerca de 185.000 mi/s) – 10.000 km/s menor que a obtida pelos pesquisadores anteriores e apenas 0,6% menor que o valor atualmente aceito.

Nesse ano, Foucault foi eleito membro do Bureau des Longitudes e membro oficial da Légion d’Honneur. Em 1864, foi eleito membro da Royal Society de Londres, e em 1865 membro da parte mecânica do Instituto. Em 1865, apareceram artigos propondo uma modificação no governador centrífugo de Watt, que tinha sido estudado há algum tempo com o objetivo de tornar seu período de revolução constante, além de um novo aparelho para regular a luz elétrica. Nesse ano (Comptes Rendus LXIII), ele mostrou que, através da precipitação de um filme de prata fino e transparente sobre o lado externo da objetiva de vidro de um telescópio, o Sol pode ser observado sem causar danos aos olhos. Seus trabalhos científicos podem ser encontrados no Comptes Rendus, 1847-1869.

Provavelmente Foucault morreu de esclerose múltipla rapidamente desenvolvida,
em 11 de fevereiro de 1868, em Paris, e foi enterrado no Cemitério de Montmartre.

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Bernard_L%C3%A9on_Foucault


  Narinder Singh Kapany

Narinder Singh Kapany (Moga, Punjab, 31 de outubro de 1927)  é um físico indiano, conhecido como o inventor da fibra óptica.

Nascido na cidade de Moga, no estado do Punjab, Kapany graduou-se na Agra University em Dehradun, completou seus estudos avançados em óptica no Imperial College of Science and Technology de Londres, recebeu seu Ph.D. na University of London em 1955 e vive nos Estados Unidos desde a metade dos anos 1960.

Em 1952, com base nos estudos efetuados pelo físico inglês John Tyndall de que a luz poderia descrever uma trajetória curva dentro de um material (no experimento de Tyndall esse material era a água), Kapany pôde concluir suas experiências que o levaram à invenção da fibra óptica.

A fibra óptica é um excelente meio de transmissão utilizado em sistemas que exigem alta largura de banda, tais como: o sistema telefônico, videoconferência, redes locais (LANs), etc.

Há basicamente duas vantagens das fibras ópticas em relação aos cabos metálicos: A fibra óptica é totalmente imune a interferências eletromagnéticas, o que significa que os dados não serão corrompidos durante a transmissão. Outra vantagem é que a fibra óptica não conduz corrente elétrica, logo não haverá problemas com eletricidade, como problemas de diferença de potencial elétrico ou problemas com raios.

O princípio fundamental que rege o funcionamento das fibras ópticas é o fenômeno físico denominado reflexão total da luz. Para que haja a reflexão total, a luz deve sair de um meio mais refringente para um meio menos refringente, e o ângulo de incidência deve ser igual ou maior do que o ângulo limite (também chamado ângulo de Brewster).


 

O Prêmio Nobel de Física 2009

Nascido em 4 de novembro de 1933, Xangai, China
Morreu: 23 de setembro de 2018, Hong Kong
Afiliação na época do prêmio: Laboratórios de Telecomunicações Padrão, Harlow, Reino Unido, Universidade Chinesa de Hong Kong, Hong Kong, China
Motivação do prêmio: “por realizações inovadoras em matéria de transmissão de luz em fibras para comunicação óptica.”

Trabalhos:

A rápida transmissão de sinais por longas distâncias é fundamental para o fluxo de informações em nosso tempo. Desde os anos 1930, filamentos finos, ou fibras, de vidro têm sido usados ​​para ver o interior do corpo, mas eles permaneceram inutilizáveis ​​por muito tempo para a transferência de informações de longa distância porque muita luz foi perdida ao longo do caminho.

Na década de 1960, Charles Kao apresentou uma solução: fibras de vidro muito puro transportavam luz suficiente. Junto com a tecnologia laser, sua solução tornou possível a telecomunicação por fibras ópticas.

FONTE: https://www.nobelprize.org/prizes/physics/2009/kao/facts/